segunda-feira, 6 de abril de 2015

Relatório de Leitura e Debate - 05/03/2015

Tópicos debatidos

- “Peculiaridades do desenvolvimento histórico russo” e “Cidade e capital” (capítulos de “A teoria da revolução permanente”):

- Peculiaridades do desenvolvimento econômico russo: rápida industrialização por necessidade militar. Não houve o surgimento da burguesia endógena pela divisão de classes, o desenvolvimento da urbanização acompanhou o desenvolvimento da indústria. Diverso do desenvolvimento dos países europeus ocidentais e semelhante ao desenvolvimento do capitalismo no Brasil. A passagem de um modo de produção para outro não é tão facilmente delimitado.


- Teoria jurídica deve ser posta na perspectiva de uma teoria da história.

- “A história não se repete”: revoluções são os exemplos da não repetição. Aceleração da luta de classes em 1789, que se intensifica em 1905 e se completa em 1917. 18 de brumário como repetição e como farsa. Relação do proletariado com as tarefas da revolução burguesa. Popularidade dos textos jacobinos no proletariado francês em 1848. Ligação entre o movimento proletário e a fragilidade de uma classe em determinado momento, o que impossibilita o processo revolucionário de passagem. Em determinadas situações há algumas condições objetivas, mas faltam outras, impedindo a revolução da passagem (elementos sobredeterminantes - modo de produção, formas de produção).

- Teses sobre o conceito de história em Walter Benjamin; referência ao leão preparando para o salto – papel messiânico da classe proletária, revolucionária.

- Debate acerca do armamento da classe trabalhadora. Democracia como artifício para ditar a ideologia do capitalismo. O discurso da democracia é viabilizado, no Direito, pelos Direitos Humanos. Necessidade da inclusão do tema violência nos Direitos Humanos em razão da violência de classe. Violência construtiva contra a violência sutil da democracia. Trabalhador em condições mais abertas para o debate por estar imerso na violência concreta do seu cotidiano. Discussão do armamento da população é resquício da revolução burguesa, era um direito do cidadão contra a tirania. Quando a burguesia toma o poder, o discurso se volta contra o armamento do proletariado; a bandeira democrática de luta contra a tirania é desconstruída com relação à organização do proletariado. O próprio debate acerca do armamento foi interditado.

- Burguesia inicialmente revolucionária até a tomada do poder e de sua posição conservadora. Setores populares ingressam no movimento revolucionário burguês com o desejo de ir além do horizonte inicialmente desejado. Quando, em 1848, o proletariado começa a se organizar, a burguesia recolhe a bandeira revolucionária e tende a querer dialogar – construção enquanto classe contra-revolucionária.

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